segunda-feira, 30 de maio de 2011

domingo, 22 de maio de 2011

Campeonato Brasileiro 2011 - Projeções

O Campeonato Brasileiro começou esse fim de semana e os bordões pipocam para todo lado, como "não tem favorito", "todos estão na disputa" e "é o campeonato mais difícil do mundo". 

Verdade seja dita: é complicado opinar quem será o campeão brasileiro. Avaliando outros campeonatos no mundo, é muito fácil você avaliar o Campeonato Espanhol e falar que o título ficará entre Barcelona ou Real Madrid. Ou então, no italiano, citar o Milan ou a Inter como favoritos (pois até a Juve se desgarrou desse grupo de favoritos).

Talvez o campeonato que empolgue tanto quanto o brasileiro atualmente, seja o Campeonato Inglês. Sempre há pelo menos 5 clubes na disputa. Com uma vantagem: com um nível técnico e organizacional infinitamente superior ao Campeonato Brasileiro. Quanto a isso, não há comparações. A Premier League é o MELHOR campeonato nacional de futebol do mundo.

Voltando à terras tupiniquins, vou seguir o bonde e também embarcar na onda de projeções pré-campeonato. É mais um exercício de entretenimento do que uma análise profissional de alguma coisa. É só a curiosidade de chegar ao fim do ano e eu saber o que eu esperava antes do campeonato começar.

Diga-se de passagem que, para tal análise, devemos viver em um mundo de sonhos, onde não há interferências de arbitragem, janela de transferências para o exterior e contusões ao longo dos anos. Então, sem mais enrolação, vamos a minha análise do campeonato:

1º. Cruzeiro
Ótimo elenco, com boas peças de reposição. O destaque fica por conta do seu meio de campo, talvez o melhor do Brasil. Possui ótimos volantes, como Henrique, Fabrício, Guerreiro e Paraná. Além dos armadores Gilberto, Róger e o excelente Montillo. Destaque também para o goleiro Fábio.

2º. Internacional
Assim como o Cruzeiro, possui excelente elenco, com várias peças que podem suprir a ausência de um ou outro titular.  Destaque para o argentino D'Alessandro e o atacante Leandro Damião.

3º. Santos
Um time sem comparações. Neymar, Ganso e cia fazem do futebol santista um dos mais vistosos no Brasil. Ainda conta com o multicampeão Muricy Ramalho no banco. Porém, a disputa da Libertadores e a possível conquista, tirará o time da disputa do Brasileiro.

4º. São Paulo
Um excelente time, mas com um técnico mediano. Carpegianni ainda não tem poder sobre o time. A referência continua sendo o goleiro Rogério Ceni. Mas o tricolor paulista ganhou muito com o surgimento do meia-campista Lucas, que na minha opinião, é melhor que Paulo Henrique Ganso.

5º. Fluminense
Capitaneado por Fred e liderado por Conca, o atual campeão brasileiro peca na defesa. Com um goleiro ruim e uma defesa desorganizada, o ataque do tricolor das Laranjeiras terá que trabalhar muito para compensar as falhas de marcação.

6º. Corinthians
O eterno queridinho da imprensa e agora também da CBF, ainda não possui um time compacto, com boas peças em todos os setores. Destaques para Liédson e a nova contratação, Alex, ex-Internacional. Sem a ajuda "sobrenatural", não passará de brigar por uma vaga na Libertadores.

7º. Cortiiba
O time sensação do primeiro semestre. Detentor do recorde de vitórias na história do futebol brasileiro. Porém, é somente no Campeonato Brasileiro que o Coritiba colocará em xeque o seu poder de fogo. Uma posição intermediária para quem acabou de retornar da 2ª divisão será um ótimo resultado para o Coxa. 

8º. Grêmio
O time gaúcho sentirá um pouco o baque da eliminação precoce na Libertadores e a perda do título gaúcho para o arqui-rival Internacional. Mas o time possui bons nomes e acredito que até boa parte do campeonato, brigará na parte de cima da tabela. Porém, a falta de peças de reposição fará falta e o time cairá de rendimento na reta final.

9º. Flamengo
O badalado "Bonde do Mengão sem freio" será apenas um vagãozinho nesse campeonato. O rubro-negro não conseguiu me convencer, mesmo sendo campeão estadual invicto. Alguns nomes não descem e Ronaldinho Gaúcho, ao lado de Thiago Neves, precisará fazer chover para compensar a falta de qualidade do restante do time.

10º. Palmeiras
Um time que tinha tudo para se projetar ao título. Mas algo acontece no Palestra Itália. O time tem pedigree, mas não dá liga. Tem um ótimo técnico e bons jogadores, como Kléber e Valdívia, mas falta um algo a mais, talvez ambição nesse time para chegar mais longe.

11º. Vasco
No início do ano, todos davam o Vasco como candidato a rebaixamento no Brasileiro desse ano. Porém, o time melhorou consideravelmente ao longo do campeonato estadual e da Copa do Brasil. Mas ainda sim, não brigará pelo título e se contentará com uma posição na intermediária da tabela.

12º. Atlético-MG
Ano após ano, o Atlético-MG monta times inteiros para a competição. Chega com banca de disputar o título, mas sempre cai em meio ao caminho. Acredito que este ano não será diferente. O sonolento Guilherme, quando quer jogar bola, até sabe, resta saber se ele vai querer.

13º. Atlético-PR
Fui até generoso com a posição do Furacão. Caberia uma posição mais abaixo na tabela, mas a foi a falta de qualidade dos adversários que credenciou uma melhor posição para o Atlético-PR. Adílson Batista terá trabalho em um time que tem como destaques o vovô Paulo Baier e o equatoriano Guerron.

14º. Figueirense
Ano de retorno do Figueira a elite do futebol nacional. Acredito que o alvi-negro de Floripa desbancará o Avaí e vai se manter na primeira divisão nesta temporada, mas sem nenhum brilho ou destaque.

15º. Botafogo
A torcida do Glorioso penará este ano. O Botafogo brigará o campeonato inteiro para não cair e só vai se safar da queda no final da competição. O destaque fica por conta de Loco Abreu, ídolo da torcida.

16º. Bahia
O Bahia suará sangue para se manter na elite, mas vai conseguir. Acredito numa volta do Vitória na próxima temporada e em 2012, teremos de volta um dos maiores clássicos do futebol nacional: o BaVi.

17º. Ceará
Em 2010, o Ceará iniciou a competição com ótimos resultados. Não acredito que repetirá o feito esse ano e vai amargar o rebaixamento. Destaque apenas para Marcelo Nicácio.

18º. Avaí
Em 2009, o técnico Silas deu alegrias a torcida do time de Guga. Mas este ano, a máxima de que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar será levada em consideração e o time será rebaixado.
19º. América-MG
Ao lado do Atlético-GO, foram os dois times que menos se preparam para a competição. Um time que não tem liga.

20º. Atlético-GO
Idem América-MG.

Artilheiro: Neymar / Santos

Craques do Campeonato: Montillo / Cruzeiro e Lucas / São Paulo

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Diferente

Seria tão diferente se os sonhos que a gente sonha, não terminasse de repente.

Seria tão diferente se os bons momentos da vida durassem eternamente.

Seria tão diferente se a gente que a gente gosta, gostasse um pouco da gente.

Seria tão diferente se as vezes que a gente chorasse, fosse só de contente.

Seria tão diferente se a gente que a gente ama, sentisse o que a gente sente.

Mas não. É tudo tão diferente.

Os sonhos que a gente sonha, termina sempre de repente.

Os bons momentos da vida não duram eternamente.

A gente que a gente gosta, nem sempre gosta da gente.

Das vezes que a gente chora, poucas vezes são de contente.

E a gente que a gente ama, não sente o que a gente sente.

Mas, se a gente quisesse, poderia ser tão diferente.

Tente, ouse, opite pela felicidade e, assim, será tudo diferente.

Feliz àquele que acredita em seus sonhos, pois só assim poderá realizar os seus vôos plenamente.

. . .

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Acredite em você!

Não importa do que é feito o mundo,
O importante são os seus sonhos.

Não importa o que você é na vida,
O importante é o que você quer ser.

Não importa onde você está,
O importante é para onde você quer ir.

Não importa os porquês,
O importante é alcançar os seus ideais.

Não importa suas mágoas, pois isso todos nós possuímos,
e não é delas que vivemos,
O importante mesmo, são suas alegrias.

Não importa o que você já passou...
O passado?
Guarde apenas em sua memória e use apenas as suas experiências positivas.

Não veja! Apenas observe...
Não escute! Apenas ouça...
Não toque! Apenas sinta...

O mundo é um espelho,
mas não seja apenas um reflexo desse espelho...

Só acreditando no futuro é que você conseguirá a paz necessária para alcançar os seus sonhos.
Afinal, sabe o que realmente importa?

VOCÊ!

sábado, 14 de maio de 2011

Quem vai parar Novak Djokovic?

Novak Djokovic ao conquistar o Australia Open
Aqui no Brasil, muito se fala em "bonde" de não sei o que... "trem bala" de não sei aonde... até mesmo "carroça" não sei lá das quantas. Isso tudo para ilustrar a invencibilidade e a supremacia de algum time de futebol.

Mas a verdade é que invencibilidade e supremacia indiscutível nesta temporada tem nome e sobrenome: Novak Djokovic.

Não tem como discutir. Os números não mentém. E no caso de Nole, não são apenas números. Ele está mais do que convincente em quadra. Ninguém conseguiu pará-lo nesta temporada. E quem mais chegou próximo desse feito, foi Thomaz Belucci, na semifinal do Másters de Madrid, semanas atrás.

Este ano, ele conquistou todos os torneios que diputou: Australian Open, ATP 500 de Dubai, Másters 1000 de Indian Wells, Másters 1000 de Miami, ATP 250 de Belgrado e Másters 1000 de Madrid.

Djoko segue batendo recordes
Acompanhei alguns dos seus 37 jogos de invencibilidade (35 em 2011) e a forma como ele vem atuando, é digno de aplausos de um público em pé, na Phillipe-Chartrier. Por falar nisso, é em Roland Garros que esta invencibilidade será colocada em xeque.

O Aberto da França é o terreiro de Rafael Nadal. O espanhol "só" é pentacampeão do grand slam. Normalmente, Nadal sobra na competição. Para se ter uma idéia, na conquista de 2011, ele conseguiu sagrar-se campeão sem perder um set sequer.

Tudo bem, pode ser que eu esteja passando os carros à frente dos bois, pois ainda há duas partidas pelo Másters 1000 de Roma, a semifinal contra Murray e uma possível final contra Rafael Nadal. Se o duelo acontecer, será o 4º confronto entre os dois nessa temporada. Até o momento, Djoko ganhou todos.

Mas o que me faz presumir que a invencibilidade do sérvio será testada pra valer em Roland Garros, é o nível da competição. O espírito de se disputar um grand slam é outro. Comparando ao futebol, é como se fosse uma Libertadores, uma Champions League, até mesmo uma Copa do Mundo. Todo mundo entra mordido. E é nessas horas que o grande tenista mostra o seu valor.

Não tenho dúvidas que Novak Djokovic conseguirá fazer frente a Nadal, Federer e outros mais. Já faz isso, tanto é, que no momento, é o melhor tenista da atualidade. Mas que não será fácil, não restam dúvidas.

Djokovic em Roma
Para Nole (como também é conhecido Novak Djokovic), vencer Roland Garros terá ainda outros sabores. Se alcançar este feito, ele ultrapassará Rafael Nadal e assumirá o 1º lugar no ranking da ATP. Depois de anos e anos, será a primeira vez que um tenista que não seja Nadal ou Federer, assumirá este posto.

Outro feito a ser alcançado, diz respeito a série histórica de invencibilidade. Com os atuais 37 jogos invictos, Djokovic já detém a 6ª maior série de partidas sem perder da história do tênis. À sua frente, estão Bjorn Borg (41 partidas), Roger Federer (41 partidas), John McEnroe (42 partidas), Ivan Lendl (44 partidas) e Guillermo Vilas (46 partidas).

Somando as partidas restantes no Másters de Roma e as que serão disputadas até uma possível final em Roland Garros, Novak Djokovic ultrapassará esses números e var cravar de vez o seu nome na história do tênis mundial. É só esperar...

O texto de uma vida...

O texto que não pode faltar em minha vida, consequentemente, um texto que eu não poderia deixar de postar no Mundo do Jujuba.


“Depois de algum tempo, você aprende a diferença sutil entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa a aprender que beijos não são contratos e nem promessas. E começa a aceitar suas derrotas, com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para planos, e o futuro tem costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo, você aprende que o sol queima se ficarmos expostos por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que leva um certo tempo para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos. Nós compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que a vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não deve se comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e o tempo é curto.

Aprende que não importa aonde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existe dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que os sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

Descobre que não só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. 

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára pra que você o conserte.

Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. 

E você realmente aprende que pode suportar...Que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe...

Depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!”

Willian Shakespeare

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Roberto Batata: 35 anos de saudade

Roberto Batata na Toca da Raposa I
Quando comecei a me dar por gente, logo me vi cruzeirense. Aquilo já estava em meu sangue, era genético. Minha família inteira é de "sangue azul".

No momento em que isso aconteceu, era início da década de 90, mais precisamente o ano de 1991 e eu tinha 6 anos de idade. Naquela época, o Cruzeiro tinha acabado de retomar os rumos das conquistas internacionais, conquistando a Supercopa daquele ano.

Batata, Eduardo, Palhinha, Jairzinho e Joãozinho
Lembro muito bem do meu e do meu avô comemorando o título e relembrando os feitos de outrora do esquadrão celeste. Nomes como Dirceu, Tostão, Piazza, Raul, Palhinha, entre outros vinham à tona. Mas um específico, me chamou a atenção: Roberto Batata.

De imediato, a peculiaridade do apelido é que tinha me chamado atenção: Porquê Batata? E imaginei várias coisas, como criança que eu era.

Passado alguns anos, chegamos em 1997 e o Cruzeiro novamente conquistava a América. E mais uma vez o nome de Roberto Batata ganhava vida. Daí então, tomei partido e fui em busca de mais informações sobre o tal ponta-direita, dono da camisa 7 do esquadrão estrelado que conquistou a Libertadores em 1976.

Alí, me deparei com uma das histórias mais emocionantes da trajetória do Cruzeiro. E hoje, 13 de maio de 2011, exatos 35 anos após o fatídico falecimento do ídolo eterno, transcrevo aqui um pouco da trajetória daquele que foi um dos maiores pontas-direita da história do futebol brasileiro.

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Treza de Maio de 1976 é uma das datas mais trágicas e marcantes dos 90 anos de história do Cruzeiro e também, do futebol mineiro. Nesse dia, a Nação Azul se despediu de um dos seus maiores ídolos. 35 anos após esse triste ocorrido, relembramos quem foi Roberto Batata.

Batata em ação no clássico
Roberto Monteiro, mais conhecido como Roberto Batata, nasceu em Belo Horizonte, no dia 24 de julho de 1949. O craque iniciou a carreira no time amador do Banco Real, na capital mineira, e logo se transferiu para o Cruzeiro, onde jogou de 1971 a 1976. O curioso apelido, "Batata", foi dado pelo treinador João Crispim, devido ao forte apreço por batatas fritas.

O ponta-direita, dono da camisa 7 nos tempos áureos do Cruzeiro, defendeu o time celeste em 285 jogos, anotando 110 gols. Batata também defendeu a Seleção Brasileira na Copa América, em 1975, quando atuou em seis partidas e marcou três gols. Com a camisa azul estrelada, Batata conquistou o Campeonato Mineiro, em 1972, 1973, 1974 e 1975, além da Libertadores, 1976.

Velório de Roberto Batata
O acidente que interrompeu a carreira e a vida de Roberto Batata aconteceu no dia 13 de maio de 1976, quando viajava para Três Corações para visitar a família, após o jogo contra o Alianza-PER, pela Libertadores. Naquele jogo, o atacante marcou um dos gols da goleada cruzeirense por 4 x 0.

Seu corpo foi velado na Sede do Cruzeiro por milhares de torcedores. A Federação Mineira de Futebol chegou a decretar luto oficial por sete dias nas competições regionais e paralisou o Campeonato Mineiro por duas rodadas.

Homenagem em campo

Homenagem dos jogadores à Batata
Ainda abalados com a perda do companheiro, os jogadores do Cruzeiro entraram em campo para o jogo da volta, contra o Alianza-PER. Em homenagem ao ponta-direita, uma camisa 7 foi aberto ao lado do gramado do Mineirão. Em campo, os Guerreiros dos Gramados prestaram outra "homenagem" ao atacante e venceram o time peruano justamente por 7 x 1.

A vitoriosa caminhada cruzeirense na Libertadores daquele ano culminou com a conquista do título da competição. Após o momento de glória, ainda no gramado do Estádio Nacional, em Santiago, os atletas se ajoelharam e rezaram em memória de Roberto Batata.

A síndrome brasileira de criar ídolos instantâneos no esporte

Belucci x Guga / Massa x Senna / Neymar x Pelé
Nos últimos anos, o esporte brasileiro cresceu de forma vertiginosa, deixando de ser apenas o "país do futebol". Hoje, também somos reconhecidos pelo melhor vôlei do planeta, com as seleções masculina e feminina, temos alguns dos melhores lutadores de MMA no UFC, como Anderson Silva e José Aldo e, também, vários atletas olímpicos de alto nível, como César Cielo e Maurren Maggi.

Todos esses nomes possuem algo em comum: o fato de terem chegado a esse patamar, respaldados pelo desempenho de cada um deles em seu esporte. São indiscutívelmente merecedores da alcunha de ídolos em suas categorias.
Cielo nas Olímpiadas da China
Não há como questionar a supremacia da seleção masculina de vôlei, nem a força de Anderson Silva no octógono, muito menos a explosão de César Cielo nas piscinas.

Porém, um fenômeno impulsionado pela mídia, ganhou força no Brasil nos últimos anos: a síndrome de se criar ídolos de forma instântanea, e, na maioria das vezes, acompanhada de comparações irresponsáveis com atletas que marcaram época.

Para elucidar essa minha análise, citarei três exemplos conhecidos de todos: Felipe Massa x Ayrton Senna, Neymar x Pelé e o mais recente de todos, Thomaz Belucci x Guga.

Não venho aqui questionar a qualidade desses "novos fulanos". Os três merecem alguns louros da fama, o destaque alcançado e ponto. Porém, a mídia em geral, criou uma necessidade de torná-los ídolos da nação, sem a menor responsabilidade de analisar a frieza dos números e méritos alcançados. E o maior problema é o método utilizado para elevá-los a essa condição.

Ao criarem comparações entre atletas que foram referências em seus esportes e em uma determinada época, uma grande expectativa é gerada no grande público. E essa imagem, absorvida por um público leigo (em caso de esportes especializados, como o caso de Belucci, no tênis) que desconhece a realidade do esporte, gera uma pressão de fazer daquele atleta específico, um ícone para a nação.

Abro aqui um breve parenteses sobre o comportamento do torcedor brasileiro, que, devido a vários fatores sociais, culturais e políticos, sempre idolatrou ícones do esporte. Um Pelé ou um Ayrton Senna, são heróis de uma geração, símbolos da pátria, dignos das mais altas condecorações. Seus feitos são indiscutíveis.

Sendo assim, o enaltecimento e a comparação aos ídolos, geram uma cobrança desproporcional e desmedida em cima desses novos atletas. Assim como todos nós, eles são passíveis de erros, e quando eles ocorrem, a pressão exercida sobre a mesma mídia que os colocaram lá em cima, é tão grande quanto ao status de idolatria.

Massa, em Interlagos na temporada 2008
Nos três exemplos mencionados anteriormente, ficam evidentes esse tratamento. Em 2008, Massa disputou ponto a ponto o título da temporada da Fórmula 1 com Lewis Hamilton e perdeu o título na última curva da etapa de Interlagos.

Durante aquele ano, devido ao desempenho do brasileiro, muitos o colocaram como o novo ídolo brasileiro no automobolismo, pós-Ayrton Senna, gerando as inevitáveis comparações. Ao final da temporada, a imprensa e a torcida esperava nada além do título. Com a não confirmação da conquista, as críticas da opinião pública, caíram, diga-se de passagem, injustamente, sobre os ombros de Felipe Massa.

No caso de Neymar, a disparidade das comparações ainda é mais gritante. O fato do jovem atacante jogar no Santos e ter uma talento raro no futebol, as comparações com Pelé surgiram como um meteoro. As cobranças logo vieram, sempre acompanhadas de análises recheadas de comparações com o rei do futebol.

Belucci no Masters de Madrid
Por fim, o caso mais evidente e talvez, o mais precipitado, de comparação entre atletas. Thomaz Belucci atualmente melhor tenista brasileiro, já vem sendo taxado de "novo Guga" por algumas pessoas da mídia. Contribuíram para essa definição, algumas atuações do brasileiro no circuito da ATP e a parceria com o ex-técnico de Gustavo Kuerten, Larri Passos.

Mas, nunca uma comparação fora feita de forma tão precipitada. E Belucci sentiu o peso de ser o "novo Guga". Após execelente campanha no Masters 1000 de Madrid, a melhor campanha de um brasileiro no circuito desde os tempos de Guga, e alcançar a 22ª posição no ranking da ATP, Belucci caiu logo na primeira rodada do Masters 1000 de Roma. A relação de "morde e assopra" ganhou vida novamente. Os mesmos que o enalteceram após a brilhante campanha na capital espanhola, o criticaram após a derrota na Itália. 

A conclusão que chego é que hoje, não há critérios para um atleta ser considerado ídolo pela mídia. Qualquer um pode ser, basta estar em evidência naquele momento.

Quanto as comparações, a irresponsabilidade ainda é maior. A mídia se esquece de analisar o contexto histórico de cada atleta. Regras são diferentes, os rivais são diferentes, tudo é diferente. Não há como comparar. O futebol do tempo de Pelé não é futebol do tempo de Neymar. A Fórmula de Senna, não é a Fórmula 1 de Massa e o tênis da época do Guga, já não é mais o mesmo dos tempos de hoje, com Belucci.

A mídia deve ser mais criteriosa para não lançá-los como ídolos da nação e depois, queimá-los junto ao grande público. Os atletas não merecem esta pressão. E assim, poderão trabalhar mais tranquilamente para alcançar resultados mais expressivos e que assim, sim, os crendeciem para a condição de ídolos de uma nação carente de heróis de verdade.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Tudo novo...


Jamais me imaginei assim,
Existindo em um mundo novo,
Sem medo de arriscar.
Sem medo de voar.
Indiscutível vontade de viver.
Conhecer.
Apaixonar.
Tudo é muito estranho,
E inexplicável.
Ao mesmo tempo, surreal.
De uma intensidade ímpar.
Onde hoje, há mistérios,
Respostas serão encontradas no amanhã.
O tempo será o dono do destino.

Big Bang ou Gênesis

O início do Mundo do Jujuba...

As teorias científicas dizem que o universo começou da explosão do Big Bang. Já os teóricos religiosos, dizem "que no príncipio, Deus criou o céu e a terra", de acordo com o livro bíblico de Gênesis.

Não quero entrar nessa eterna discussão renascentista de ciência x religião, mas a uso para começar o meu blog: o Mundo do Jujuba.

Dizer o que me impulsionou a iniciá-lo, talvez seja tão difícil quanto afirmar se o início do mundo deu-se início de uma explosão ou das mãos de Deus.

Afirmo que já existia dentro de mim, uma grande vontade de expor ao mundo, vários pensamentos, sentimentos ou até mesmo, devaneios de minha mente criativa, que agora, como um boom cósmico, ganhou vida. E o que a fez ganhar vida, é que comparo as coisas divinas. Foi um estopim, um empurrãozinho, e plim, eis que estou aqui escrevendo novamente.

Enfim, aqui no Mundo do Jujuba, sempre estarão em pauta, algumas análises sobre o panorama do marketing esportivo e o universo esportivo em geral.

Além disso, vocês terão que aturar os meus surtos de curiosidades, com opiniões sobre filmes, séries, televisão, publicidade, roteiros de viagens, pensamentos e experiências vividas por mim.

Espero que vocês curtam muito o Mundo do Jujuba.