quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A seleção brasileira e o jogo dos 7 erros - 6º erro: A ascenção dos adversários

Depois de algum (e longo) tempo, venho continuar a série. Os dois próximos textos já estavam rascunhados há algum tempo e justamente pela falta de tempo, ainda não os postei. Então, sem mais delongas, eis a sequência.

Feche os olhos, conte quatro, cinco, até seis anos no passado. Imagine algumas referências de seleções imponentes, dignas de respeito dos adversários, vistosas e sobretudo, vitoriosas. Conseguiu pensar no Brasil?

Espanha, campeã do mundo em 2010
Se você não for bom de memória, vá um pouco mais longe então. Procure nos rankings anuais da FIFA, IFFHS, Conmebol, e o que mais for de ranking e olhe como ficou a seleção brasileira nesses últimos anos. A honrosa primeira colocação sempre distante. Se bem que esses rankings, na minha opinião, não servem absolutamente para nada. Mas em todo caso, a base de estatística e de realidade de fatos, os uso para ilustrar a situação do Brasil.

Atualmente o Brasil não vive uma boa fase, não está em paz com o seu torcedor e além de todos os problemas até aqui já citados (se já não fossem suficientes), há o fato das demais seleções mundiais terem evoluídos consideravelmente.

Uruguai, campeão da Copa América 2011
A seleção hoje não consegue sequer ser a melhor do continente, posto hoje merecidamente ocupado pela fortíssima Celeste Olímpica. No cenário mundial, a disparidade ainda se torna gritante. Espanha, Alemanha, Holanda, França e entre outras figuram à frente da seleção canarinho.

E seleções que sempre perteceram ao segundo escalão, hoje conseguem fazer frente ao Brasil, como Portugal, México, Paraguai e algumas das seleções africanas.

Explicar o porque da evolução dos adversários seria algo complexo demais, mas resumindo, digo apenas uma palavra: Planejamento. A Espanha sagrou-se campeão européia e mundial devido ao trabalho na base. O Uruguai através do excelente trabalho de Oscar Tabarez, chegou as semifinais da Copa de 2010 e foi campeã da Copa América. A Alemanha mudou a forma de seu jogo, formando uma base forte e extremamente nacionalista.

Mano Menezes e o backdrop da CBF
Enquanto todos evoluíram, o Brasil regrediu consideravelmente. Em vez do comando da CBF pensar nas quatro linhas, perdeu tempo demais pensando nas cifras milionárias que permeam o universo futebolístico dos dias de hoje. Que federação no mundo consegue a proeza de ostentar mais de 10 contratos publicitários, dignos de figurar nos backdrops de entrevistas e placas estáticas? Pois é, Ricardo Teixeira conseguiu isso.

E a troco de que? Nem sequer a dita 'seleção do povo' joga para seu povo. Até um contrato com a Emirates foi assinado para a seleção mandar seus jogos em Londres, no moderno Emirates Stadium.

Ranking FIFA / Outubro de 2011
Sobre o tal ranking da FIFA, segue a ordem dos dez primeiros colocados: 1º Espanha / 2º Holanda / 3º Alemanha / 4º Uruguai / 5º Brasil / 6º Itália / 7º Inglaterra / 8º Grécia / 9º Portugal / 10º Argentina. Lembrando que o Brasil chegou a figurar em 7º lugar no mês passado. Graças aos dois últimos amistosos 'mandrakes', cuja a seleção saiu vitoriosa, que conseguimos subir duas posições.

Fato é que, independente dos números, mesmo figurando na quinta posição, há seleções hoje capaz de colocar o Brasil na roda com uma facilidade incrível. O que joga hoje pelo Brasil é apenas a fama da camisa amarela. E o pouco que restou dela, que é o respeito, hoje já não está valendo muita coisa. Antigamente, seleções como a Venezuela se dava por satisfeita em perder por menos de 4 gols. Hoje, busca a vitória o tempo inteiro.
É meus amigos. Como dizem por aí: "Não tem mais bobo no futebol".

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A seleção brasileira e o jogo dos 7 erros - 5º erro: Onde estão os jogadores decisivos?

O que venho apresentar agora como um erro, oficialmente não chega a ser um, uma vez que não é algo inerente a má administração dos comandantes do futebol brasileiro. Porém, considero que vale o destaque, uma vez que eu entendo como um dos maiores motivos para a seleção brasileira estar vivendo esse atual momento.

A seleção de 1958
Se fizermos um levantamento histórico das gerações vencedoras, sempre vamos notar a presença de nomes que foram referências no cenário futebolístico de suas respectivas épocas. No primeiro título mundial, em 1958, a seleção era composta por nomes como Djalma Santos, Didi, Zagallo, Garrincha, Nilton Santos, Mazzola, Pepe e um tal de Pelé. 

Quatro anos mais tarde, veio a segunda Copa do Mundo, vencida por um time praticamente idêntico ao de 1958, com a inclusão de mais um nome relevante: o companheiro de Pelé no Santos imbatível, Coutinho. 

Brasil em 1970
O elenco que conquistou a Copa de 1970 no México dispensa apresentações: Piazza, Carlos Alberto, Jairzinho, Gérson, Tostão, Rivelino e novamente Pelé formavam o esquadrão canarinho que ergueu a taça Jules Rimet. Depois disso, veio um jejum de vinte e quatro anos sem alcançar o topo do futebol mundial, mesmo com as históricas seleções de Tele Santana, em 1982 e 1986. 

Assim chegamos até a Copa do Mundo de 1994, realizada nos Estados Unidos e vencida por uma das mais contestadas gerações do futebol brasileiro de todos os tempos. Porém, havia nomes capazes de decidir uma partida como Taffarel, Bebeto e Romário, acompanhados do pragmatismo de Parreira. O resultado foi a conquista diante a Itália, em uma decisão de pênaltis dramática.

Os campeões de 2002
Por fim, o pentacampeonato vencido na Copa de 2002, sediada conjuntamente por Japão e Coréia do Sul. Essa foi a Copa que consagrou um dos maiores jogadores de todos os tempos: Ronaldo. Porém, foi evidente que ele não foi a única referência daquele time. Marcos, Roberto Carlos, Cafu, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho deram brilho aos jogos e também merecem destaque.
Assim aterrisamos em 2011 e vejamos a seleção de Mano. Quem são os nossos destaques? Quem são os jogadores experientes? Quem são os jogadores capazes de decidir a partida em um único lance? Por mais que a imprensa velada insiste em falar que Neymar é esse jogador, eu discordo plenamente. Mas antes de discorrer sobre o assunto "Neymar", uma análise da atual geração deve ser feita.

O contestado Júlio César
Começando pelos donos das camisas 01, talvez aí esteja o ouro da geração brasileira. Parafraseando Lula, "nunca antes na história desse país" vimos tantos bons goleiros defendendo os nossos clubes. Além dos experientes Marcos e Rogério Ceni, merecem menção os nomes de Fábio do Cruzeiro, Jeferson no Botafogo, Victor no Grêmio e Fernando Prass do Vasco. Além disso, as gerações de base continuam a crescer nas metas, com nomes como Gabriel do Cruzeiro, Muriel do Inter, Rafael do Santos e Renan do Corinthians. Mesmo com esse menu recheado, o titular da seleção é o contestado Júlio César, que já ostentou o posto de melhor goleiro do mundo, mas hoje em dia, acumula falhas consecutivas debaixo das traves brasileiras.

As boas notícias param por aí. Na zaga, apenas Thiago Silva do Milan vem merecendo a amarelinha. Até que há outros nomes, mas ainda não são jogadores prontos para defender o Brasil. São apenas promessas, como Dedé do Vasco e David Luiz do Chelsea. E o capitão Lúcio, convenhamos, passou da hora de se aposentar.

André Santos, após perda de pênalti
Nas laterais, extremos opostos. Enquanto do lado direito temos talvez os dois melhores laterais do mundo, Maicon e Daniel Alves (que diga-se de passagem, não vêem rendendo na seleção o mesmo que rendem em seus clubes), o lado esquerdo está completamente órfão de Roberto Carlos. Nomes como Gilberto, Michel Bastos, Kléber, Adriano, Maxwell, André Santos e Marcelo já tentaram herdar a camisa 6 de Roberto Carlos, mas não conseguiram convencer e imagino que nem irão conseguir tal feito. E quando procuramos outras opções, simplesmente não há. (Bruno Cortês do Botafogo é uma boa revelação, mas também é precoce para assumir esse posto).

Il Profeta, Hernanes
Chegamos ao meio-campo, terra dos gênios brasileiros. Por parte dos volantes, temos alguns bons nomes, como os frequentadores assíduos da seleção, Lucas Leiva e Ramires. Mas Mano ainda insiste em suas convocações corintianas, como Jucilei, Ralf, Elias e agora, até Paulinho. Casemiro do São Paulo, Arouca do Santos e Williams do Flamengo merecem oportunidades. Hernanes da Lázio, nem se fale, mas o "Il profeta" já caiu no desgosto rancoroso e indecoroso de Mano Menezes e dificilmente voltará a vestir a camisa amarela.

Já na criação, encontramos um dos maiores déficits de talentos do futebol brasileiro. A mídia insiste em alçar o nome de PH Ganso como o 10 que precisávamos. Mas a sua inconstância, a sua personalidade e a sua perna de vidro ainda não o deixaram ser. Lucas é o "plano B", mas o vejo mais como um antigo ponta-direita do que um armador e o ressuscitado Ronaldinho Gaúcho, há temos abdicou da criação e se lançou de vez para o ataque. Mano insiste em nomes como Jádson e Fernandinho, mas esses nunca foram jogadores de nível de seleção. Que tal naturalizar Montillo?

Neymar. Que "rei" sou eu?
No ataque, chegamos ao ápice. Há dois anos, surgiu um "novo Pelé" e atende pelo nome de Neymar Jr. Mas eu pergunto: Novo Pelé porque? Só porque está no Santos? Robinho também foi um "novo Pelé" em 2002 e por acaso, ele realmente foi? Já escrevi sobre essas comparações descabidas e precipitadas que a imprensa brasileira insiste em fazer e Neymar foi outra vítima (ou vilão?) dessa história. Ele não é e nunca vai ser um novo Pelé. Nem chegará perto de nomes como Ronaldo, Zidane, Maradona, Zico e etc. E da sua atual geração, está anos-luz de Messi e cito até um jogador revelação e de mesma idade, o alemão Mario Götze. Enfim, Neymar definitivamente não pode ser taxado como a ESPERANÇA do futebol brasileiro na Copa do Mundo de 2014.

A revelação alemã, Mario Götze
Não chego ao ponto de colocá-lo como "futuro reserva do Atlético-PR" como um amigo meu já proferiu, mas taxá-lo de salvador da pátria é muito precoce. E o que dizer então dos seus companheiros convocados para o ataque? Pato tem talento, mas não faz uso dele na seleção. Robinho sempre será uma eterna promessa que ao meu ver, já não merece mais oportunidades. Fred passou do ponto e Leandro Damião vive uma fase excelente, mas não chega a ser um primor técnico. A verdade é que a geração pós-Ronaldo está muito aquém de seus antecessores. Nem outras opções, como Hulk e Borges podem ser consideradas plausíveis.

Doa a quem doer, mas as outras equipes vivem de uma safra muito mais superior do que a do futebol brasileiro, que outrora dominava a 'lavoura futebolística'. A Argentina tem Messi, Aguero, Lavezzi, Pastori, Iturbe e Tevez. A Alemanha está bem servida em sua renovação com Müller, Mario Götze, Toni Kroos, Özil e Kedira, além dos experientes Lahm, Schweinsteiger e o incansável Klöse. E principalmente, a atual campeã do mundo, Espanha, com Casillas, Xavi, Iniesta, Pedro, Fabregas e Villa.

Há muito tempo pela frente e um trabalho, acima de tudo psicológico, deve ser feito com a nossa geração de jogadores, com o intuito de prepará-los para o que virá. Com a Copa acontecendo no Brasil, a cobrança será infinitamente superior maior do que a de costume e esses garotos terão que estar preparados para serem decisivos. E como as coisas estão acontecendo, prevejo uma das maiores decepções da história do futebol brasileiro, digno de colocar o Maracanazzo como coadjuvante do que está por vir.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A seleção brasileira e o jogo dos 7 erros - 4º erro: A inexperiência

Quando começo a discorrer sobre a experiência que os atuais convocados da seleção brasileira possuem, não refiro exatamente a idade de cada um deles, ou da média de idade da seleção como um todo, mesmo porque, como já disse Shakespeare, "maturidade tem mais a ver com os tipos de experiências que se teve do que com quantos aniversários você já celebrou".

Outro fator que refutaria apenas o fator idade, refere-se a comparação das médias de idade dos selecionados brasileiros. Para se ter uma idéia, a seleção da Copa do Mundo de 2010, teve a maior média de idade de todas as seleções daquela edição, com uma média 34 anos. O resultado todo mundo lembra.

Seleção de 1970: Média de idade de 24,5 anos.
Em contrapartida, a seleção que se sagrou tri campeã do mundo em 1970, teve uma média de idade de 24,5 anos, menor do que a média dos convocados para última Copa América, que foi de 25,9 anos. Sendo assim, podemos concluir que a idade dos atletas não interfere diretamente nos resultados alcançados.

Depois do momento PVC no Mundo do Jujuba, então vamos ao que realmente interessa. Se não são as datas de nascimento dos jogadores o item que digo em relação a experiência, seria o que?

Analisando o histórico dos nossos atletas que disputaram a última edição da Copa América na Argentina, constata-se o seguinte: somente alguns jogadores da defesa brasileira possuem um curriculum com a camisa amarela. Os jogadores ditos "decisivos", não possuíam essa característica e os que a possuíam, nunca foram na verdade decisivos, como é o caso da eterna promessa, Robinho.

O trio "experiente" do Brasil.
Os mais experientes do grupo, em termos de seleção brasileira, de jogar partidas decisivas, de vivenciar partidas importantes na Europa, fica a cargo de Júlio Cesar, Lúcio, Maicon e Daniel Alves, sendo que o goleiro já nem é mais unanimidade entre a opinião pública.

Mas aí entramos em uma outra discussão: a renovação que foi proposta por Mano Menezes visando a Copa de 2014. Mas acontece, que renovação não se faz da noite pro dia. Os jogadores que estão servindo o Brasil hoje, não estão prontos tecnicamente, fisicamente e até mesmo, psicologicamente para tal desafio.

São jogadores que não possuem sequer um histórico nas categorias de base da seleção. Além disso, são atletas sem aquela identidade com uma seleção, que não conseguem enxergar além das cifras milionárias que os rodeiam, o valor de se defender a pátria.

Rei Neymar?
Como podemos cobrar de um jogador, de 19 anos, que ganha milhões e milhões de reais anualmente e com um potencial de ganhar mais e mais, que não tem sequer o discernimento de cumprir ordens de seu superior e que posa para capas de revistas já como um novo rei?

Há outros na jogadores na seleção além de Neymar que merecem esse destaque. Não consigo ver a razão do lateral esquerdo André Santos estar vestindo a camisa. Lucas e Ramires são excelentes volantes, novos e precisamos de paciência com eles. PH Ganso não é o 10 decisivo. Pato é o atacante do quase-gol. E Robinho, como eu disse, a eterna promessa.

O salvador?
Defendo sim a renovação, mas a mescla deve ser feita. Mas daí batemos de frente com outro problema: essa entre-safra que vivemos no futebol brasileiro. Porém, existem opções atuando por todo lado. Hulk, Hernanes, Marcelo, Ronaldinho Gaúcho, Thiago Neves são alguns nomes.

Dos 7 erros listados, entendo que este talvez seja o de menor relevância. Mas a experiência desses jogadores devem ser trabalhada ao menos no campo psicológico. Fazer com que eles entendam a importância de vestir a camisa verde-amarela. De defender o Brasil no Brasil em 2014. Os quatro penaltes perdidos contra o Paraguai na Copa América foi um exemplo claro de falta de preparo emocional dos atletas. Até Elano e Fred, tão "experientes" quanto Lúcio e cia, não converteram as suas respectivas cobranças.

Ney Franco com a Seleção Sub-20
Mano Menezes poderia refletir um pouco mais sobre o seu trabalho e avaliar o trabalho feito pelo seu colega, Ney Franco, com a Seleção Brasileira Sub-20 (faço questão de escrever com letras maiúsculas quando me refiro a Sub-20, em respeito e elogio ao trabalho desenvolvido por Ney Franco com a garotada).

Mesmo sendo garotos, meninos ainda, em sua grande maioria atuando em solo brasileiro, os garotos mostraram personalidade, maturidade e sim, experiência, para jogar e ganhar a Copa do Mundo da categoria. Não houve destempero, despreparo, erros no caminho. Foi um time coeso, técnico, aguerrido e lutou pelo Brasil como se luta em uma guerra pela pátria. O resultado foi o título.

Goleiro da Sub-20: Gabriel
Lembro quando eu estava assistindo ao jogo contra a Espanha e antes da cobrança de penaltis, o goleiro Gabriel reuniu todos os jogadores e proferiu algumas palavras de apoio, de superação, de luta. E aí fica o detalhe: Gabriel era o jogador mais novo do grupo inteiro, com apenas 18 anos e é o terceiro goleiro de seu time, o Cruzeiro. Ficou dado o recado: para mostrar experiência, não precisa rodar o mundo, jogar mil jogos e ganhar rios de dinheiro. Basta ter a cabeça no lugar e força de vontade.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A seleção brasileira e o jogo dos 7 erros - 3º erro: Uma seleção sem identidade

Brasil x Suécia, no Emirates Stadium
Para começar o terceiro erro da série de sete erros da nossa seleção brasileira atual, vou expor alguns números. De 2006 até hoje, o Brasil realizou 81 jogos, sendo que apenas 12 desses 81 jogos foram realizados em solo brasileiro e com outra ressalva: esse número só foi possível graças as eliminatórias da Copa de 2014, que 'obrigou' alguns jogos em território nacional. Não fosse isso, o número seria ainda menor.

Para efeitos de comparação, das 10 últimas partidas disputadas pela seleção inglesa, 6 foram realizadas em Wembley. A atual campeã do mundo, a Espanha, em 10 partidas realizadas após a Copa do Mundo, 4 foram em solo espanhol. A França jogou 5 das 10 partidas em território francês e a Itália 4 das 10 disputadas.

Proporcionalmente, as seleções européias disputam em média, 48% dos seus jogos no próprio país. Em contrapartida, a seleção brasileira fica na casa dos 18% dos jogos disputados no Brasil.

Emirates Stadium: a casa da seleção brasileira
E ainda há mais um dado curioso: dos 81 jogos da seleção brasileira já citados acima, 9 foram no Emirates Stadium, em Londres. Chegou ao ponto de alguns profissionais da imprensa brasileira se referirem ao Emirates como "a casa da seleção brasileira", o que não deixa de ser uma verdade inconveniente.

Tal situação fez com que a seleção perdesse com o tempo a sua identidade de "bem maior da pátria", a alcunha de "seleção do povo". O orgulho de vestir a camisa amarela passa por essa situação aqui exposta. Como podemos nos sentir patriotas por uma seleção que não honra a própria pátria?

E mesmo assim, quando isso acontece, como nos amistosos contra a Holanda em Goiânia, e contra a Romênia em São Paulo, o ingresso mais barato era R$140,00.
Toda esta situação já seria grave, se não fosse um aspecto que deixa a situação ainda mais crítica: a próxima Copa do Mundo acontece no Brasil e a própria seleção nacional não joga em seu território.

Brasil x Romênia: ingresso mais barato a R$140,00
Esse desprezo por parte da CBF com o povo brasileiro, aliada a má fase vivida em campo pelo time, tem gerado uma repulsa enorme por parte dos torcedores. Vimos e ouvimos milhares de torcedores virarem as costas para a seleção, em sinal de revolta e/ou desprezo. Não deixa de ser apenas uma resposta à altura do que Ricardo Teixeira transformou a seleção.

Hoje, a seleção é uma marca e não apenas um time. Jogos e mais jogos são comercializados (como o contrato de jogos no Emirates Stadium, em Londres e no Khaliffa Stadium, em Doha), patrocíncios são fechados no atacado e quando atua no Brasil, os preços dos ingressos são colocados em preços exorbitantes.

Não apresento aqui uma sugestão de solução, pois os posts são apenas para apresentar a série de erros que estão decretando o futuro do Brasil na Copa do Mundo em 2014. Como as coisas estão caminhando, resta apenas esperar e ver.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A seleção brasileira e o jogo dos 7 erros - 2º erro: Ricardo Teixeira

Dando sequência a análise dos 7 erros da atual situação da seleção brasileira, exponho agora o que para muitos, hoje é o câncer do futebol brasileiro: o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Sr. Ricardo Teixeira.
Ricardo Teixeira, presidente da CBF

Confesso que se meu blog fosse famoso, tivesse um grande alcance, teria até receio em publicar algo do tipo, dado o tamanho da influência que o presidente da entidade máxima do futebol tupiniquim tem nos dias de hoje. Que o diga o narrador Milton Leite, que viu-se ameaçado de seu emprego nos canais SporTV (do grupo Globo), ao escrever uma crítica em seu blog particular, sobre as declarações do mandatário à Revista  Piauí. (Leia AQUI o texto de Milton Leite)

Aliás, é com base nessas declarações que o Sr. Ricardo Teixeira fez que inicio a minha análise.
"... Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão."

Capa da Piauí, com a entrevista de Teixeira
Essa é só uma pequena passagem do que o 'respeitado' dirigente disse à jornalista que o entrevistava. Fica claro e evidente o respeito que o Teixeira tem para com a opinião pública e sobretudo, com o torcedor brasileiro.

Ele se coloca acima do bem e do mal, principalmente com uma Copa do Mundo em suas mãos. Beira a insanidade.

Ricardo Terra Teixeira, nascido em Carlos Chagas-MG em 20 de junho de 1947 ocupa o seu quinto mandato consecutivo a frente da CBF, posto que assumiu em janeiro de 1989. Teixeira chegou a esse patamar, graças a seu ex-sogro, o ex-presidente da FIFA, João Havelange.

Para os defensores de Teixeira, os números alcançados por ele no comando da CBF corroboram com a sua permanência: considerando todos níveis, já foram 11 títulos mundiais e 27 títulos sulamericanos, além de emplacar a candidatura do Brasil para a Copa do Mundo de 2014.

Ricardo Teixeira e João Havelange, ex-sogro e padrinho na CBF
Porém, fazendo jus a Maquiavel, que disse "que os fins justificam os meios", Ricardo Teixeira se tornou uma figura polêmica, questionado e principalmente, investigada acerca de seus atos no comando da CBF. Ele coleciona acusações e vou apenas elucidar algumas delas:

- Nepotismo no preenchimento de cargos da CBF;
- Pagamentos de viagens para países sedes da Copa do Mundo a magistrados, políticos e outras autoridades;
- Importação irregular de produtos para suas empresas em viagens ao exterior à trabalho pela CBF;
- Assinatura de contratos dúbios e lesivos a entidade, em especial com a fabricante de material esportivo, a Nike;
- Omissão de declaração de rendimentos a Receita Federal e outras desavenças, que oneraram aos cofres da CBF, cerca de 14 milhões de reais ao Fisco;
- Doação de verba proveniente dos cofres da CBF para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com o intuito de manter no Congresso, uma bancada que defenda os interesses da entidade;

2014: A Copa de Ricardo Teixeira
A questão é: pode um dirigente, com extensa ficha de acusações e participações em processos litigiosos, comandar o futebol brasileiro, ainda mais em um momento onde os cofres públicos estão escancarados para as obras da Copa do Mundo de 2014?

Com o poder que ele possuí em mãos, o próprio já dispara contra quem quiser combatê-lo. "Em 2014 posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015."

O que vemos é que o responsável pelo futebol brasileiro, aquele que tem o poder de decidir quem estará à frente do time, que pode mudar alguma coisa no panorama da seleção brasileira, está mais preocupado em se sustentar no poder, em enriquecer ainda mais as custas da entidade, do que exatamente, defender os interesses do torcedor brasileiro.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A seleção brasileira e o jogo dos 7 erros - 1º erro: A escolha do técnico

Hoje, um dia após o jogo Alemanha 3 x 2 Brasil, venho escrever sobre esta seleção que desencanta a todos do país. O que está acontecendo? Onde está o erro? Várias perguntas estão no ar e por mais que eu ou então qualquer outro 'especialista' tente responder, não conseguiremos responder, pois a resposta no futebol se encontra apenas no exercício, na prática e não nas entrelinhas de explicações cansativas e bem arguídas por 'professores' da bola, como estamos acostumados a ver nas coletivas após tais vexames.
Neymar, no jogo Alemanha 3 x 2 Brasil

Tentei enumerar 7 erros, como num jogo de jornal matinal, que você apenas marca onde está o erro, mas não o corrige, deixa lá, apenas marcado para que ninguém mais possa jogá-lo. Acho que é desta síndrome que padece a seleção brasileira (me recuso a escrever com as letras maiúsculas). Desde 2002, após a conquista do penta, os erros são os mesmos, todos conseguem enxergá-los, mas ninguém os corrige, apenas os detectam e assim os deixam.

A seguir, os erros detectados, sem ordem de importância ou relevância. Todos possuem seu percentual nos resultados atuais e também, do passado recente, da seleção brasileira:

1º erro: Escolha do Técnico

Desde 2002, com Felipão no comando da seleção, nunca mais tivemos um técnico de comando e pulso à frente do Brasil. A sensação que temos é que os técnicos são escolhidos mais para satisfazer os desejos do comando da CBF do que o próprio interesse do futebol nacional. 

Parreira, técnico entre 2002-2006
A primeira escolha, para a Copa de 2006, foi Parreira, com curriculum de tetra-campeão em 1994, se escondeu o tempo inteiro em seu passado nem tão vitorioso assim. Conhecia todas as artimanhas da CBF e alí se sentia em casa. Por isso Ricardo Teixeira o escolheu. Passado os 4 anos do 'projeto', eis o fracasso da Copa da Alemanha, um verdadeiro espetáculo do show business do futebol mundial, com o famoso "quadrado mágico", que de mágico não teve nada.

Em seguida, a escolha de Dunga. Quem? Isso mesmo, o "experiente" técnico Dunga. O capitão do tetra jamais tinha executado um trabalho como técnico de futebol e mesmo assim foi o escolhido para exercer o posto mais importante do futebol brasileiro e mundial. Seria plausível se ele tivesse condições técnicas e psicológicas para exercer tal cargo. Mas não tinha.

Dunga, técnico entre 2006-2010
Conquistou a Copa América e a Copa das Confederações com um grupo questionadíssimo, formado a base de interesses empresariais. Morreu abraçado com Felipe Melo e todo o time na Copa de 2010.

Então chegamos a última das escolhas: Muricy Ramalho. Bom, finalmente alguém da linhagem de Felipão para assumir a seleção brasileira. Mas tinha uma pedra no meio do caminho e essa pedra se chamava Fluminense. A cláusula no contrato de Muricy e sua índole não permitiram a sua saída das Laranjeiras e um novo nome foi alçado na cumbuca para assumir a seleção.

A segunda opção já não era mais unanimidade. Cogitaram Leonardo (tão experiente quanto Dunga), mas o escolhido foi Mano Menezes.

Mano Menezes, técnico desde 2010
Luiz Antônio Venker Menezes, 49 anos, natural de Passo do Sobrado-RS nunca foi jogador profissional. Foi zagueiro de times amadores do Rio Grande do Sul. Iniciou sua carreria como treinador de futebol em categorias de base de vários times, como o Guarani-RS, Internacional e fez um estágio com Paulo Autuori, em 1997, no Cruzeiro.

O primeiro time que comandou profissionalmente foi o Guarani-RS, em 1997, e lá ficou até 2002. Até 2007, comandou apenas times gaúchos, finalizando a jornada farroupilha no Grêmio. Com o tricolor gaúcho, ele conquistou a Série B, foi bicampeão gaúcho e vice-campeão da Libertadores.

Em 2008 transferiu-se para o Corinthians, com a mesma missão que tivera no Grêmio: subir o Corinthians a elite do futebol nacional e a missão foi cumprida. Além disso, foi campeão paulista e campeão da Copa do Brasil. Ponto.

Este é o curriculum do técnico da seleção mais respeitada (será?) do futebol mundial. Ganhar títulos regionais e títulos de segundo escalão é parâmetro para chegar onde ele chegou? Acredito que não. Mais uma vez a escolha foi feita com base no comodismo do Sr. Ricardo Teixeira e na politicagem que ronda a CBF. A escolha por Mano foi mais um afago ao presidente do Corinthians, Andres Sanches, do que um aceno aos interesses do povo brasileiro.

Até o momento, foram 13 jogos pela seleção, com 6 vitórias, 4 empates e 3 derrotas. Vitórias inexpressivas, empates vexaminosos, como contra a Venezuela e o Paraguai na Copa América e derrotas em todos os clássicos disputados (Argentina, França e Alemanha).

Seleção Brasileira, após o vexame contra o Paraguai e a eliminação na Copa América.
O que há de errado com a Seleção? Vamos continuar vendo isso nos próximos erros que aqui serão expostos.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Ser poeta


Fiz-me poeta,
Pelo amor que estimula
A injustiça que afronta,
O ódio que instiga.

Vivo a vida
Nessa tríade vertente:
No amor que humaniza;
Na injustiça que inspira;
No ódio que me atiça.

Sou poeta e me conduzo
Em mistérios e sonhos,
No saber e nas glórias,
Vislumbrando elevação
Pessoal, coletiva.

Sou poeta, sou louco
Sei de tudo um pouco.
Mas ao mesmo tempo nada sei.
E vivendo sempre estarei,
Sofrendo e amando,
Refletindo e vibrando.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dramas podem ser bons. Muito bons!

Este ano eu assisti a dois filmes, que já tinham sido lançados há algum tempo. Dois filmes marcantes. Tão marcantes que me fizeram reconsiderar a opinião que eu tinha sobre os filmes do gênero, no caso, os filmes de enredo dramáticos.

O primeiro deles, trata-se de "Sempre ao seu lado" (Hachiko: A Dog's Story, 2009), estrelado por Richard Gere. O filme, remake do original japonês de 1987, narra a história verídica do cão Akita Hachiko e sua relação de fidelidade com seu dono, o professor Parker Winson (Richard Gere).

O roteiro é baseado em uma história simples, mas para os apaixonados por cães, a história se torna envolvente e, principalmente, emocionante. Não entrarei em detalhes para não gerar spoillers para àqueles que ainda não assistiram.

Enfim, o que no início seria apenas mais um "filminho" sobre cachorro, ao final, "Sempre ao seu lado" se tornou um dos melhores filmes que eu já assisti em minha vida.

Bom, o segundo filme rendeu até Oscar para a atriz Sandra Bullock. Trata-se de "Um sonho possível" (The Blind Side, 2009), baseado no livro The Blind Side: Evolution of a Game, de Michael Lewis.

O interesse de assistir ao filme, surgiu apenas do gosto particular pelo futebol americano. Em momento algum, sabia ao certo do que se tratava o roteiro do filme. Apenas sabia que narrava a história de Michael Ohel, atualmente Offensive Tackle do Baltimore Ravens, time da NFL.

Porém, o filme se mostrou um drama dos melhores que já assisti e Sandra Bullock mostra o porque de ter sido merecedora da estatueta da Academia. Ela protagoniza Leigh Anne Tuohy, uma mulher que decide mudar o destino do "pequeno" Big Mike.

A história, também verídica, mostra a trajetória de um dos mais importantes jogadores de futebol americano da atualidade e como o papel de sua mãe adotiva foi primordial na ascendência do atleta. Era pra ser apenas um filme sobre futebol americano e se tornou um filme sobre a vida e como não devemos desistir de nossos sonhos.

Quem assistiu os dois, ou ao menos um dois, comente. Quem ainda não assistiu, recomendo e muito o programa. Dois filmes que merecem e muito o nosso tempo.

*Sempre ao seu lado (Hachiko: A Dog's Story)
Estados Unidos - 2009 - 93 minutos
Direção: Lasse Halström
Roteiro: Stephen P. Lindsey
Elenco Original: Richard Gere, Joan Allen, Sarah Roemer, Jason Alexander

*Um Sonho Possível (The Blind Side)
Estados Unidos - 2009 - 128 minutos
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: John Lee Hancock
Elenco original: Sandra Bullock, Tim McGraw, Quinton Aaron, Kathy Bates
Prêmios e Indicações: Oscar 2010 - Melhor Atriz (premiado) e Melhor Filme (indicação)
Globo de Ouro 2010 - Melhor Atriz (premiado)

Amore d'angelo

Questo è un amore che non finisce mai.
Questo é un amore che non può essere spiegato.
E'un amore che si vive,
Che cosa ti senti,
Che chosa è esplorata.
L'amore per una vita.
L'amore vero, vero.
L'amore d'angelo.
Eterno come il tempo.
Duraturo come l'infinito.
Amore più grande di tutti.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Amor maior que tudo.

Quando alguém resolve fazer uma tatuagem, é necessário que ela esteja convicta do que vai fazer. Muitos esquecem que a arte na pele, é pra uma vida inteira. Esquecem que as opiniões e, principalmente, as situações, mudam ao longo do tempo.

Tem gente que comete a insanidade de tatuar nomes de cônjuges, namorados, amigos e até mesmo, ficantes (pasmen, já vi até casos de pretendentes a ficantes). Isso é loucura. Depois, a situação muda e você vai ter que levar o nome/foto/símbolo da pessoa para o resto da vida, a não ser que você faça uma outra por cima e assim, demande um trabalho danado.

Em relação a isso, falo sobre uma das minhas tatuagens. Muitos me perguntam do que se trata, e faço uma explicação bem superficial. Não entro muito em detalhes, por se tratar de uma coisa pessoal. Mas uma coisa é certa, é algo que tenho convicção e que jamais vou me arrepender de tê.la feito.

Significa "Amor maior que tudo", escrito em hebraico e inspirada no texto bíblico do livro de Corintios, capítulo 13. Texto esse que deu origem a dois outros: O soneto II de Luiz Vaz de Camões e a notável música do Legião Urbana, Monte Castelo.

Usei esse assunto para poder postar esse texto, que significa muito para minha vida, aqui no meu blog.

***

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;

Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;

Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;

Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.

Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

sábado, 25 de junho de 2011

Nostalgia - 90 coisas dos anos 1990

Dias atrás eu estava lendo algumas coisas e me bateu um sentimento de nostalgia do meu tempo de criança e adolescência. Tempo bom que não volta nunca mais, já diz o clichê. Então, resolvi fazer esse post e relacionar 90 fatos e coisas que marcaram a minha vida, ou então, a vida de muitos que viveram bons momentos durante a década de 1990.

A constatação que eu cheguei é que, realmente, estou ficando velho. E mais, comecei a me indagar se daqui uns anos eu vou escrever em algum lugar e rir, como agora, diga-se de passagem, desse momento que estou vivendo hoje? 

Será que os blogs, twitters, facebook e tantas outas coisas contemporâneas, daqui uns 20 anos serão consideradas coisas ultrapassadas? Fico imaginando um Ipad ou um Iphone como relíquias de museus dentro de alguns anos.
Sem mais delongas, vamos a lista então:

1. Pica Pau
2. Chaves
3. Cavaleiros dos Zodíacos
4. Power Rangers
5. Copa do Mundo de 1994
6. Copa do Mundo de 1998
7. Walkman
8. Tamagocthi
9. Mini-Game
10. Atari
11. Super Mario
12. SuperStar Soccer
13. Bozo
14. Canetinhas coloridas
15. Chocolate Supressa "Dinossauros"
16. Jaspion
17. Changemans
18. Cybercops
19. Jiraya
20. Blackman Rider X
21. Ficha de telefone
22. Mola-Maluca
23. Brincar de Amarelinha
24. Brincar de Pique-Esconde
25. Brincar de Salada-Mista
26. Mamonas Assassinas
27. Ayrton Senna
28. Comandos em Ação
29. Donkey Kong
30. Master System com Sonic na memória
31. Animaniacs
32. Super Mario Bross
33. IoIo Coca-Cola
34. Mini-craques Coca-Cola
35. Kichute
36. Máquina fotográfica com filme pra revelar
37. Cubo Mágico
38. Livros do Pedro Bandeira (A Droga da Obediencia, A Droga do Amor, Anjos da Morte e Pantano de Sangue)
39. Enciclopédia Barsa
40. Futebol de Botão
41. Thundercats
42. Nirvana
43. Guns and Roses
44. Carrossel
45. Toca Discos
46. Pentium 1.66
47. Jogo Carmen Sandiego
48. A Família Dinossauro
49. Pantanal
50. Ana Raio e Zé Trovão
51. Muppets Babbies
52. Vídeo Cassete
53. TV Colosso
54. Caça Talentos e a Fada Bela
55. É o Tchan
56. Os Piores Clipes do Mundo, na MTV
57. Super Nintendo
58. Tenis LeChevall
59. Fliperama
60. Trilogia "A história sem fim"
61. Tartarugas Ninja
62. O Fantástico Mundo de Bob
63. Freakazoide
64. O Mundo de Beackman
65. Tazo
66. ICQ
67. Filme “Jurassic Park”
68. Jordy
69. P.O Box
70. Punky, a levada da breca
71. Doug Funny
72. Bananas de Pijama
73. Sandy e Junior
74. Skate de dedo
75. Castelo Ra Tim Bum
76. Chiquititas
77. Hanson’s
78. Filme “Esqueceram de Mim”
79. Rede Manchete
80. Rock e Gol
81. Sai de Baixo
82. Topa tudo por dinheiro, do Silvio Santos
83. Pipoca de Arroz
84. Propaganda “Mamíferos” da Parmalat
85. Propaganda “Popotinha, a poupança da alegria”
86. Ace Ventura
87. Os Goonies
88. Banheira do Gugu
89. The Gremllins
90. Música “É uma partida de futebol”

segunda-feira, 30 de maio de 2011