sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A seleção brasileira e o jogo dos 7 erros - 2º erro: Ricardo Teixeira

Dando sequência a análise dos 7 erros da atual situação da seleção brasileira, exponho agora o que para muitos, hoje é o câncer do futebol brasileiro: o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Sr. Ricardo Teixeira.
Ricardo Teixeira, presidente da CBF

Confesso que se meu blog fosse famoso, tivesse um grande alcance, teria até receio em publicar algo do tipo, dado o tamanho da influência que o presidente da entidade máxima do futebol tupiniquim tem nos dias de hoje. Que o diga o narrador Milton Leite, que viu-se ameaçado de seu emprego nos canais SporTV (do grupo Globo), ao escrever uma crítica em seu blog particular, sobre as declarações do mandatário à Revista  Piauí. (Leia AQUI o texto de Milton Leite)

Aliás, é com base nessas declarações que o Sr. Ricardo Teixeira fez que inicio a minha análise.
"... Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão."

Capa da Piauí, com a entrevista de Teixeira
Essa é só uma pequena passagem do que o 'respeitado' dirigente disse à jornalista que o entrevistava. Fica claro e evidente o respeito que o Teixeira tem para com a opinião pública e sobretudo, com o torcedor brasileiro.

Ele se coloca acima do bem e do mal, principalmente com uma Copa do Mundo em suas mãos. Beira a insanidade.

Ricardo Terra Teixeira, nascido em Carlos Chagas-MG em 20 de junho de 1947 ocupa o seu quinto mandato consecutivo a frente da CBF, posto que assumiu em janeiro de 1989. Teixeira chegou a esse patamar, graças a seu ex-sogro, o ex-presidente da FIFA, João Havelange.

Para os defensores de Teixeira, os números alcançados por ele no comando da CBF corroboram com a sua permanência: considerando todos níveis, já foram 11 títulos mundiais e 27 títulos sulamericanos, além de emplacar a candidatura do Brasil para a Copa do Mundo de 2014.

Ricardo Teixeira e João Havelange, ex-sogro e padrinho na CBF
Porém, fazendo jus a Maquiavel, que disse "que os fins justificam os meios", Ricardo Teixeira se tornou uma figura polêmica, questionado e principalmente, investigada acerca de seus atos no comando da CBF. Ele coleciona acusações e vou apenas elucidar algumas delas:

- Nepotismo no preenchimento de cargos da CBF;
- Pagamentos de viagens para países sedes da Copa do Mundo a magistrados, políticos e outras autoridades;
- Importação irregular de produtos para suas empresas em viagens ao exterior à trabalho pela CBF;
- Assinatura de contratos dúbios e lesivos a entidade, em especial com a fabricante de material esportivo, a Nike;
- Omissão de declaração de rendimentos a Receita Federal e outras desavenças, que oneraram aos cofres da CBF, cerca de 14 milhões de reais ao Fisco;
- Doação de verba proveniente dos cofres da CBF para campanhas políticas de dirigentes esportivos, com o intuito de manter no Congresso, uma bancada que defenda os interesses da entidade;

2014: A Copa de Ricardo Teixeira
A questão é: pode um dirigente, com extensa ficha de acusações e participações em processos litigiosos, comandar o futebol brasileiro, ainda mais em um momento onde os cofres públicos estão escancarados para as obras da Copa do Mundo de 2014?

Com o poder que ele possuí em mãos, o próprio já dispara contra quem quiser combatê-lo. "Em 2014 posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015."

O que vemos é que o responsável pelo futebol brasileiro, aquele que tem o poder de decidir quem estará à frente do time, que pode mudar alguma coisa no panorama da seleção brasileira, está mais preocupado em se sustentar no poder, em enriquecer ainda mais as custas da entidade, do que exatamente, defender os interesses do torcedor brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário