quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A seleção brasileira e o jogo dos 7 erros - 1º erro: A escolha do técnico

Hoje, um dia após o jogo Alemanha 3 x 2 Brasil, venho escrever sobre esta seleção que desencanta a todos do país. O que está acontecendo? Onde está o erro? Várias perguntas estão no ar e por mais que eu ou então qualquer outro 'especialista' tente responder, não conseguiremos responder, pois a resposta no futebol se encontra apenas no exercício, na prática e não nas entrelinhas de explicações cansativas e bem arguídas por 'professores' da bola, como estamos acostumados a ver nas coletivas após tais vexames.
Neymar, no jogo Alemanha 3 x 2 Brasil

Tentei enumerar 7 erros, como num jogo de jornal matinal, que você apenas marca onde está o erro, mas não o corrige, deixa lá, apenas marcado para que ninguém mais possa jogá-lo. Acho que é desta síndrome que padece a seleção brasileira (me recuso a escrever com as letras maiúsculas). Desde 2002, após a conquista do penta, os erros são os mesmos, todos conseguem enxergá-los, mas ninguém os corrige, apenas os detectam e assim os deixam.

A seguir, os erros detectados, sem ordem de importância ou relevância. Todos possuem seu percentual nos resultados atuais e também, do passado recente, da seleção brasileira:

1º erro: Escolha do Técnico

Desde 2002, com Felipão no comando da seleção, nunca mais tivemos um técnico de comando e pulso à frente do Brasil. A sensação que temos é que os técnicos são escolhidos mais para satisfazer os desejos do comando da CBF do que o próprio interesse do futebol nacional. 

Parreira, técnico entre 2002-2006
A primeira escolha, para a Copa de 2006, foi Parreira, com curriculum de tetra-campeão em 1994, se escondeu o tempo inteiro em seu passado nem tão vitorioso assim. Conhecia todas as artimanhas da CBF e alí se sentia em casa. Por isso Ricardo Teixeira o escolheu. Passado os 4 anos do 'projeto', eis o fracasso da Copa da Alemanha, um verdadeiro espetáculo do show business do futebol mundial, com o famoso "quadrado mágico", que de mágico não teve nada.

Em seguida, a escolha de Dunga. Quem? Isso mesmo, o "experiente" técnico Dunga. O capitão do tetra jamais tinha executado um trabalho como técnico de futebol e mesmo assim foi o escolhido para exercer o posto mais importante do futebol brasileiro e mundial. Seria plausível se ele tivesse condições técnicas e psicológicas para exercer tal cargo. Mas não tinha.

Dunga, técnico entre 2006-2010
Conquistou a Copa América e a Copa das Confederações com um grupo questionadíssimo, formado a base de interesses empresariais. Morreu abraçado com Felipe Melo e todo o time na Copa de 2010.

Então chegamos a última das escolhas: Muricy Ramalho. Bom, finalmente alguém da linhagem de Felipão para assumir a seleção brasileira. Mas tinha uma pedra no meio do caminho e essa pedra se chamava Fluminense. A cláusula no contrato de Muricy e sua índole não permitiram a sua saída das Laranjeiras e um novo nome foi alçado na cumbuca para assumir a seleção.

A segunda opção já não era mais unanimidade. Cogitaram Leonardo (tão experiente quanto Dunga), mas o escolhido foi Mano Menezes.

Mano Menezes, técnico desde 2010
Luiz Antônio Venker Menezes, 49 anos, natural de Passo do Sobrado-RS nunca foi jogador profissional. Foi zagueiro de times amadores do Rio Grande do Sul. Iniciou sua carreria como treinador de futebol em categorias de base de vários times, como o Guarani-RS, Internacional e fez um estágio com Paulo Autuori, em 1997, no Cruzeiro.

O primeiro time que comandou profissionalmente foi o Guarani-RS, em 1997, e lá ficou até 2002. Até 2007, comandou apenas times gaúchos, finalizando a jornada farroupilha no Grêmio. Com o tricolor gaúcho, ele conquistou a Série B, foi bicampeão gaúcho e vice-campeão da Libertadores.

Em 2008 transferiu-se para o Corinthians, com a mesma missão que tivera no Grêmio: subir o Corinthians a elite do futebol nacional e a missão foi cumprida. Além disso, foi campeão paulista e campeão da Copa do Brasil. Ponto.

Este é o curriculum do técnico da seleção mais respeitada (será?) do futebol mundial. Ganhar títulos regionais e títulos de segundo escalão é parâmetro para chegar onde ele chegou? Acredito que não. Mais uma vez a escolha foi feita com base no comodismo do Sr. Ricardo Teixeira e na politicagem que ronda a CBF. A escolha por Mano foi mais um afago ao presidente do Corinthians, Andres Sanches, do que um aceno aos interesses do povo brasileiro.

Até o momento, foram 13 jogos pela seleção, com 6 vitórias, 4 empates e 3 derrotas. Vitórias inexpressivas, empates vexaminosos, como contra a Venezuela e o Paraguai na Copa América e derrotas em todos os clássicos disputados (Argentina, França e Alemanha).

Seleção Brasileira, após o vexame contra o Paraguai e a eliminação na Copa América.
O que há de errado com a Seleção? Vamos continuar vendo isso nos próximos erros que aqui serão expostos.

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